domingo, 29 de abril de 2007

Canção de embalar

Dorme meu menino a estrela de alva
Já a procurei e não a vi
Se ela não vier de madrugada
Outra que eu souber será p’ra ti

Outra que eu souber na noite escura
Sobre o teu sorriso de encantar
Ouvirás cantando nas alturas
Trovas e cantigas de embalar

Trovas e cantigas muito belas
Afina a garganta meu cantor
Quando a luz se apaga nas janelas
Perde a estrela d'alva o seu fulgor

Perde a estrela d'alva pequenina
Se outra não vier para a render
Dorme quinda à noite é muito menina
Deixa-a vir também adormecer

Zeca Afonso

jueves, 12 de abril de 2007

Um segundo

Uma mão ao alcance da outra, entre suspiros que sabiam a uma mistura de silêncio e de incenso. Uma ténue luz aguardando os olhares, que se cruzaram numa tentativa de aproximar-se e fazer fundir os olhos num mar de fogo. Um segundo, um só segundo. E houve tanto tempo...